Sede

Memória Descritiva

O Objecto
As construções em pedra da Quinta de Vilar, então denominada, remontam a meados dos anos 40 e inícios dos anos 50. Nessa altura foi construída a habitação do proprietário, seguindo-se as construções adjacentes destinadas à lavoura: o edifício da adega para produção de vinho e os edifícios para animais, secagem e armazenamento de cereais e fruta.
Desde a origem da sua construção, datada da segunda metade dos anos 40, o conjunto edificado foi sofrendo algumas alterações ao nível da compartimentação interior, alçados, espaços exteriores e anexos. Apesar de todas estas alterações, realizadas de uma forma um tanto ao quanto anárquica e desarticulada motivadas pelos seus diferentes utilizadores, setenta anos após a sua construção original, a casa e demais construções continuam a contrastar acentuadamente na sua envolvente pelo seu desenho depurado e austero e pela sua imagem rural inserida num contexto industrial.

O Programa
O projecto é composto por quatro edifícios construídos para servir a habitação e a actividade agrícola, propondo-se agora ocupar com a sede de um grupo têxtil.
No edifício habitacional localiza-se a recepção da sede, composta pelo átrio e balcão de atendimento, e por escadas e elevador de acesso ao piso superior.
No piso superior, a poente, localiza-se o edifício administrativo – a antiga adega. Nesta cota está organizada toda a área administrativa e financeira, dividida em várias salas de trabalho e de reuniões que formalizam as necessidades de organização interna da empresa. Terá também instalações sanitárias, áreas de arquivo e área técnica. O piso inferior é constituído por duas áreas distintas: uma que se desenvolve em “open space” como zona de trabalho para colaboradores e outra que se apresenta como um espaço polivalente para as diversas situações de formação, recepção ou apresentação de produtos. Neste piso é também possível aceder ao exterior a partir da fachada norte e sul.
A nascente do piso superior da recepção localiza-se o edifício comercial – a antiga corte dos animais. Este piso é organizado em três áreas de trabalho em “open space” direccionadas para a equipa de comerciais e de designers. Contém também dois volumes correspondentes às instalações sanitárias e duas caixas de escadas que fazem a ligação ao piso inferior. O piso inferior divide-se igualmente em três áreas de trabalho direccionadas para o desenvolvimento do produto, três salas de reuniões de atendimento a fornecedores e três salas de reuniões para clientes, um bloco de instalações sanitárias com arrumos, uma sala técnica e uma arrecadação. Existe acesso directo ao exterior a poente, para o pátio de recepção que serve de entrada/saída de colaboradores e fornecedores, e a nascente, para o pátio ajardinado.
A sul da recepção encontra-se o edifício pensado para o momento de pausa dos colaboradores – o antigo espigueiro. Dividido em dois pisos, o piso inferior relacionado com o pátio exterior e o piso superior é destinado ao espaço de copa, onde os colaboradores poderão disfrutar da sua refeição com o distanciamento necessário do seu posto de trabalho.
INFO
Dono de Obra

Polopique

Localização

Vizela, Braga - Portugal

Projecto

Filipa Guimarães - Arquitectura e Reabilitação

Obra

2016 - 2018

Área

5.000 m2

Arquitectura

Filipa Guimarães

Colaboradores

José Miguel Reis

Paisagismo

Trébore Jardinería

Engenharias

CLE - Coelho Lima Engenharia, COMBITUR - Construções Imobiliárias e Turísticas SA, MegaPrel - Projectos Electrónica e Consultoria Lda, Serralho Engenharias

Empreiteiro Geral

Almeidas & Magalhães – Sociedade de Construções

Instalador AVAC

MCFrio

Fotografia

João Morgado

Exterior

Interior